domingo, abril 30, 2006

Juste un mot pour vous dire

Dans le même style de l'imposteur
On a celui qui pense avoir du coeur
Une tête une âme de voyageur,
Et trop de mélanges - ça tue les couleurs
Et moi grand chanteur à tout vent
En fait à toute heure charlatan
Je pense tout ça être à l'image de vous
De notre grand cinéma
Mourir d'amour
Je veux dire c'était pas pour vous fuir
Et juste un mot pour vous dire qu'c'était pas pour vous
Mourir d'amour
Je veux dire c'était pas pour vous fuir
Et juste un mot pour vous dire qu'c'était pas pour vous

Louise Attaque

quinta-feira, abril 27, 2006

Há dias demasiado bons para estarmos chateados...

Estava um solinho muito bom. As mãos lambuzadas de marisco acabado de chegar do barco. Havia outro barco à barra. As redes carregadas, a avaliar pela quantidade de gaivotas. Nem sequer havia vento... de repente pôs-se um menino de trombas. Está mal.
- Hé meu amigo, deixa lá isso. Amanhã levas dois rolos de mar pela fresca e passa-te.
Por causa de uma rapariga...
O que vale é que manhã cedo há-de estar ao mar e, como é bem sabido, a água lava tudo...
Bendita terra de pescadores.
- Vê lá mas é se trazes um sável, para a merenda...
Com tantas coisas boas, entenda-se lá estar alguém de trombas!...

quarta-feira, abril 26, 2006

Invitation

J'ai accepté par erreur ton invitation
J'ai dû m'gourer dans l'heure
J'ai dû m'planter dans la saison
Tu sais j'ai confondu
Avec celle qui sourit pas
Mais celle qui est belle bien entendu
Et qui dit belle
Dit pour moi
Tu sais j'ai pas toute ma raison
Tu sais j'ai toujours raison
Tu sais j'suis pas un mec sympa
Et j'merde tout ça tout ça
Tu sais j'ai pas confiance
J'ai pas confiance en moi tu sais
J'ai pas d'espérance et je merde tout ça tout ça
Si tu veux on parle de toi
Si tu veux on parle de moi
Parlons de ta future vengeance
que t'auras toi sur moi
Disons entrecoupé d'silence
Qu'on est bien seul pour une fois
Qu'on est bien parti pour une danse
Ca ira pas plus loin tu vois
J'ai accepté par erreur ton invitation
J'ai dû m'gourer dans l'heure
J'ai dû m'planter dans la saison...

Louise Attaque

terça-feira, abril 25, 2006

Ao A. numa noite de Abril

“His got a thousand talents (…)
Aristocratic parents

A REBEL WITH A HEART OF GOLD

Said he’s a poet, this time is gonna blow it, ‘cause he’s dancing with his EGO” – Placebo - Flesh Mechanic


Era como se um dia fosse a casa de uma velha amiga morta, ou se fosse, por acaso, colher espargos ao campo, bem perto das rochas do Ninho da Cegonha…

Eu sei que nesse dia olhei demais para ela e senti um calor atroz invadir-me o pescoço…

As horas passavam devagar e o tempo de Verão instalado demais para mim… não sabia o que pensar, só me senti mal, porque vi-a sair de casa de guarda-chuva verde na mão---e nunca percebi porquê!

Sinto que o meu olhar é poderoso demais para estar fechado. Fecharam-mo neste canto cinzento demasiado cedo….

Talvez devesse ter entendido mais gente, às vezes queriam falar e eu não ouvi nada
Por vezes ninguém entendeu … nada…
outras entendi tudo… sem ouvir sequer!

Carolina… Desaparecida…

Tu nunca me vieste visitar aqui… nem percebo bem porquê!?
Estarei assim tão fechado?

Há pouco soube que sim, Carolina Desaparecida! Estou tão fechado quanto podia estar… tão sozinho que poderia engendrar perfeitos homicídios!!!
Basta o escuro de um quarto para se sonhar com o odor da dor!

E aqui teimam em deixar-nos escuros… sempre foi esta a cor

“When I was arrested I was dressed in BLACK” – O Jonhy C. …

Não me lembro da manhã da Zambujeira do Mar, não me lembro de acordar e dizer amo-te, não consigo alcançar a minha música preferida, nunca te disse vamos passear na areia fria da praia onde o mar toca a terra com timidez.

Carolina Desaparecida demais para me vir visitar! O olhar azul petróleo ofusca-a…

Não me lembro do sol da Zambujeira depois de dançar…
Não alcanço a música que sei que ouvi.
Não tolero a dor de não entender o que fiz!

domingo, abril 23, 2006

Pensamento do Dia

Quem quer comer peixe tem de molhar o cu...

Sempre ausente

diz-me que solidão é essa
que te põe a falar sozinho
diz-me que conversa
estás a ter contigo

diz-me que desprezo é esse
que não olhas para quem quer que seja
ou pensas que não existe
ninguém que te veja

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar

diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
de vida vazia

diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar
mas eu estou sempre ausente
e não me conseguem alcançar

António Variações

Fraco

Palavras… meras palavras… meras promessas a si próprio…

É tudo tão efémero na tua vida!

Enganaste-te e enganaste-me!

Acreditei que realmente acreditasses e agarrasses com força, mas não… são meras palavras… deixavam de ter sentido assim que eram ditas!

O que sentes??!

Tens de gostar de ti para poder gostar dos outros!

E agora, agarrar-te-ás ao mais fácil…ao que estás habituado! Alguém que te fará inchar o ego! Podes-te aguentar assim para sempre, porque ninguém terá coragem de o picar e o fazer rebentar… Manter-te-ás simplesmente assim, fragilmente bem para todo o sempre! Porque não conseguiste arriscar!

Não conseguiste lutar pelo que supostamente querias, porque não sabes o que queres!

Chama-se imaturidade! Não estás pronto para viver! Tens medo de pensar e sentir!

Quem és?

E depois pergunta-te –quem serás? E quem queres ser?

quinta-feira, abril 20, 2006

Aqueles que como tu são...

Odeio-te! E nem imaginas quanto!
És tão igual aos outros que até me fazes impressão!
É que nem à procura andas, resignas-te ao que és!
Dás-me pena!
O ódio dura apenas mais uns dias, depois passa e serás apenas mais um, que em nada foi especial!
Deixei-me estar… quis-me manter cega!
Era mais fácil manter-me assim, afinal o sangue que corre em mim é humano! Mas tu sabes, sempre soubeste! Eu sempre to disse! Porque eu nunca menti!
Gosto muito mais de mim do que de ti! Eu tenho uma coisa que tu já não tens porque deixaste escapar –o potencial para viver mil vidas!
Agora só te tenho a agradecer, a força que sempre viste em mim, que andava ultimamente desvanecida, tornou-se tão explícita! Com tantas vontades e certezas!
Agora sem ti… posso ser Tudo!

O meu ódio é diferente do teu!
Eu odeio todos os dias, como amo todos os dias!
Tu não sabes fazer nem uma coisa nem outra!
O teu vazio é tão diferente do meu, não sentes nada!
E dizem que és mais humano que eu?
No meu vazio consigo sentir tudo!

Sou uma perdida! É verdade!
Perdida no meu mundo caótico! Onde ora sinto assim, ora sinto isto, aquilo… vermelho, preto, violeta, verde, rosa, laranja… os sentimentos são sempre tantos que ás vezes me vejo aflita! Mas sei que sinto sempre, sei que me posso surpreender todos os dias, sei que há tanto para viver!
Sei que há altos e baixos e os baixos empurram-nos sempre para um lugar mais alto (como se a escada ou espiral da evolução tivesse trampolins nos degraus mais baixos)!
Tu não tens cor, a tua cor é a cor de todos, aquela que é muda, não tem nada a dizer, nada de novo!
Tu também és um perdido! Mas um perdido no vácuo do nada! A tua ambição é ser apenas mais um, não sabes a quantidade de cores que tem o mundo, a quantidade de estímulos, de sentimentos que te passam despercebidos por não saberes o que são, teres medo do que possam ser… tu e aqueles que como tu são, não vivem!

segunda-feira, abril 17, 2006

Rasteirinho de olhos azuis

E é tudo muito lindo, o sol e tal. Mas, oh que saudades, precisamente de ontem, até parecia que estavamos vivos!
O senhor do café pode voltar a abrir as portas que já nos fomos todos embora... e eu estou aqui também estou a fazer as malas.
Ninguém merece... lindas palavras.

segunda-feira, abril 10, 2006

Ser benfiquista!

Constatei hoje um facto surreal... Um clube com mais de 250 mil sócios que no seu conjunto apenas tem 3000 dentes... claro está, que dois ou tres amigos que tenho pertecentes a essa massa associativa que se auto-denomina gloriosa, colaboram pelo menos com uns 30 cada um. Antes que o Eng Belmiro de Azevedo me roube a idéia vou abrir uma cadeia de franchising de clinicas dentarias ao lado das barraquinhas de cachorros no estádio da Luz. Haja dentes para tanto Benfiquista.

A Leviana

"Sei que sou feia...mas diz-me lá com franqueza não me achas bonita assim?"

Eles andem aí. E voem baixo... Fugem!!!!

Andam disfarçados, com um ar de quem já sabe de tudo. Oh! A quem não escapa nada... Olham de revés, como quem nem supõe olhar. Mas não... aqueles óculos escuros à matador de filme de baixo orçamento não enganam ninguém. Isso e o arzinho fatal como quem diz "make my day, punk" à la Durty Harry. Olham dessa maneira mesmo para as criancinhas. Encontramo-los em todo o lado. São como os cogumelos, estão de baixo de qualquer pedra menos suspeita. Só que são menos suportáveis do que os fungos (qualquer espécie de fungo). Outro dia fizeram-me pôr os meus óculos escuros eram para aí duas da manhã... São chatos porque estão sós. Esquecem-se que as outras pessoas não são paliativos. Aborrecem de morte e não cheiram lá muito bem. É como vos digo: eles andem aí...

Vens dormir?

Acordei e não pensei em ti e esta foi a primeira vez em muito tempo. Aos poucos acho que me apercebi das muitas coisas que fiz e que não foste conhecedora delas. Este não é, no entanto, um momento de felicidade, é sim um momento menos infeliz. Ainda ontem, um bocado antes de adormecer, pensava há quanto tempo não te vejo e que ainda tenho estranhamente memórias tuas e antes não as tivesse que já era de madrugada e eu queria mesmo era dormir. Creio que o mais importante daquela insónia foi ter a noção que queria mesmo dormir, e bastava-me não pensar em ti, e assim adormeci...para acordar e pela primeira vez em muito tempo, lá está..não pensar em ti.

domingo, abril 09, 2006

Já não mora aqui...

Mudou-se para lugar incerto. Encontrou uma casa numa rua estreita e a porta não tinha número. Pareceu-lhe o local ideal. Um ambiente com ares de anónimo e irreconhecível. Por isso, se voltares a perguntar por mim nos sítios onde seria suposto encontrares-me, as habituais vizinhas irão responder monocórdicas, que "já não mora qui. Mudou-se para uma rua sem nome", em que todas as portas têm a mesma cor dada ao esquecimento e por trás das quais se esconde o pasmo e o espanto. Quando chove, torna-se tudo metalizado, uma cor de chumbo. A cor das personagens dos melhores autores alemães. Volvio al sur... Contudo, do seu país, nunca se parte.

quinta-feira, abril 06, 2006

Mea culpa

Ando á tua procura desde o meu passado. Na verdade tens sido imensamente displicente. Não estavas comigo nos meus piores momentos, nem tão pouco nos melhores. Falhaste nos meus momentos de mais vida. Eu cresci, para que saibas, na indefinição das coisas. Nunca soube muito bem nada, cresci por mim no meio do tanto que julguei estar a construir. Nada. Não me soube a nada. Não trouxe nada. Tenho esta ideia obcecada de ti que nunca me leva a lado nenhum a não ser ao ponto de partida,... que lugar tão comum. Se falhei? Não sei... tenho culpa do que é bom e do que é mau. Uns momentozitos aqui ou ali que dão a ideia da simbiose e que até me fazem fazer promessas de cama. Sabes bem que promessas de cama acordam connosco pela manhã e já não andam por ali no momento da chávena de café. E é por isso tudo que falhei e que falhaste, indissociável é o facto de que é isto tudo que nos traz assim.

quarta-feira, abril 05, 2006

It could all absolutely twister and fade. It might not be. We shall not be, (Oh sweet Desdemona)... Speak to me of strangers. Ever so slightly. Speak to me ever so slightly. Above us only the sky, painfuly blue, as in my dreams it has been. For days and not forsaken. Such is my will. My words are vaguely uttered from uynsavory territoires. Unspeakable wastelands.

terça-feira, abril 04, 2006

Ele canta mal... Ele foi à Capital só pr'a estar com ela...

Aceitas-me? Bem sei que sim... Mesmo quando apenas te conto as histórias de outras pessoas. Mesmo quando a minha vida é toda a roçar pelas suas arestas, a roçar por ti. Mais alma. Mais ar, que vou ao fundo. Mar cão, minha amiga... Não aguento ser inútil, os meus passos chamam sempre pelo que não há. Não aguento permanecer.Dói-me a tristeza, aborrece-me de morte a intelectualidade. Um dia páro. Prometo. Prometo-te. E há-de fulminar-me um raio! Dói-me o corpo. Todos os músculos e a carne que os envolve. Fisicamente dói-me. Quanto ao resto, dói-me apenas a ânsia.

"As naves que eu construo, não são feitas pr'a navegar. Aguentam a violência de um beijo. Mas nunca do mar..."

domingo, abril 02, 2006

Whisper me

Oh please be tainted. Beauty needs to be stained by imperfection so to be adored. Time is of no importance. It may linger, for all we care.